segunda-feira, 7 de junho de 2010

Paul Klee no MAC USP



A SANTA DA LUZ INTERIOR, 1921 
litografia s/ papel
38,9 x 26,7 cm

Diários de artistas: Paul Klee

nasceu em Münchenbuchsee, na Suíça em 1879
 e 
morreu em Berna, em 1940




TÍTULO: Diários
AUTOR: Paul Klee
EDITORA: Wmf Editora
São Paulo
ISBN: 85-3360-726-1
 Brochura | 464 páginas

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video sobre a obra de Paul Klee
no site VOD-TV Escola
http://tvescola.mec.gov.br/index.php?option=com_zoo&view=item&item_id=867

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Centro Paul Klee
http://www.paulkleezentrum.ch/ww/en/pub/web_root.cfm

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Técnica Litográfica – Materiais e Equipamentos

Materiais Individuais
  • Esponja
    • Litográfica
    • Sintética

  • Morim de Algodão

  • Materiais para desenho
    • Tousche
    • Lápis
    • Crayon

  • Solvente (Removedor, Água-Raz ou Varsol)

  • Papéis
    • Variados - Para impressão
    • Papel-Jornal (não jornal impresso) - Para fazer uma cama entre o papel de impressão e a prensa
    • Papel Cartão ou Duplex - Para confeccionar caixa para cobrir a pedra litográfica

  • Goma Arábica
  • Breu
  • Talco
  • Estopa
  • Giz
  • Ácido Acético ou Vinagre
Equipamentos/Materiais Coletivos
  • Pedra Litográfica
  • Carborundum (80, 120, 220, 320)
  • Prensa
    • Ratora
    • Controle de pressão
    • Plástico de 5mm de espessura
    • Graxa
  • Ácido Nítrico
  • Roda de granitagem
  • Grosa ou Lima
  • Recipientes com medida de volume (50-100 ml)
  • Compressor de Ar
  • Régua de Metal

Técnica Litográfica – 5 – Litografia Policromática e Registros

Opções

a. Uma cor por matriz: uso de diversas pedras de tamanho aproximado para separar cada uma das cores, a partir de um desenho-guia.

b. Método subtrativo: a mesma matriz é usada para várias cores. A área da imagem impressa é sempre a mesma, reduzindo-se à medida em que são efetuadas sucessivas raspagens.
Usualmente a ordem das impressões deve ser das cores claras às cores escuras. Depois de imprimir cada uma das cores, torne a por tinta preta sobre a pedra, conforme as instruções para “interrupções durante a impressão”.

c. Uma matriz para duas ou mais cores: quando as cores estão constituídas por áreas separadas, entinta-se cada uma delas com rolos pequenos e imprime-se todas de uma só vez.
Obs.: o efeito de transparência pode produzir muitas cores com poucas matrizes. Neste caso, imprime-se as cores mais escuras primeiro, superpondo depois as mais claras.

Registros:
Registros com agulha

1 – A tiragem da 1ª cor pode ser executada sem registro, apenas centralizando o papel sobre a matriz.
2 – Para a 2ª cor:
a. Entintar e esperar secar a água da pedra.
b. Colocar sobre a matriz um acetato e furar com uma agulha de injeção a pedra e o acetato ao mesmo tempo. O furo da pedra deve ser acentuado com prego fino ou estilete.

c. Manter úmida a pedra.
d. Pulverizar com talco o acetato impresso.
e. Furar todas as cópias impressas na 1ª cor, sobrepondo o acetato já furado.

f. Fisgar cada cópia com as agulhas, encaixar suas pontas nos furos da pedra e deslizar o papel sobre a matriz.
Outros tipos de registro

I – Desenha-se um “T” em bordas opostas da pedra. A distância entre as duas marcas deve corresponder ao tamanho do papel (menor do que a pedra). Uma linha a lápis, desenhada no centro do verso do papel de impressão, assegura o bom registro.

II – No desenho guia e na 1ª cor, fazem-se pequenas cruzes ou “t” numa das diagonais do papel. Ao passar o desenho para a pedra, passa-se também o registro, que se imprime. Corta-se depois o papel na intersecção ou faz-se um furo para registrar as cores seguintes. Terminadas as impressões, corta-se a margem do papel.
III – Um registro simples, possível quando se usa uma matriz para diversas cores, consiste em gravar, com estilete, um ângulo reto nas margens da pedra, que deve coincidir com o ângulo reto do papel de impressão.
Obs.: o método do registro com agulhas e o ângulo reto desenhado (raspado) na superfície da pedra não exige cuidados com o registro das cores durante a etapa do desenho.

Técnica Litográfica – 4 – Impressão

a. Lavar a pedra e estender goma pura, em camada fina.
b. Secar a pedra por 10 a 15 minutos.
c. Retirar a gordura com água-raz e algodão.
d. Aplicar asfalto líquido (em camada fina).
Obs.: no caso de impressões com tintas muito claras ou transparentes, é recomendável substituir o asfalto pela própria tinta que será usada na impressão, levemente diluída com água-raz e aplicada com algodão.
e. Lavar a pedra com bastante água antes que o asfalto seque.
f. Mantendo a pedra úmida, entintar com o rolo.
g. Repetir a operação até a exata reconstituição da imagem.
h. Colocar sobre a pedra o papel de impressão, sobre este cerca de 8 folha de papel jornal, cortadas no tamanho da pedra e cobrir o conjunto com um plástico rígido engraxado.
i. Tendo já sido escolhida a ratora da prensa (maior do que o desenho e menor do que a pedra), desliza-se a mesa da prensa até que a ratora esteja sobre uma das margens da pedra. Procede-se à pressão adequada (as boas cópias são executadas com pouca tinta e bastante pressão), abaixa-se a alavanca da prensa e roda-se a manivela até que a ratora alcance a outra margem da pedra. Faça as marcas do percurso da ratora sobre a pedra com giz, na mesa da prensa
j. Eliminada a pressão (levantando a alavanca), faz-se retornar a mesa da prensa, retira-se a cópia, molha-se a pedra e torna-se a entintar, para a 2ª cópia, etc.
Obs.:
• para tintas de cor use rolo de borracha;
• para tintas pretas use rolo de couro.

Interrupções durante a impressão
Nas interrupções é preciso proteger a pedra, para que esteja assegurada a qualidade da continuação da tiragem. Tintas coloridas devem sempre ser substituídas por tinta preta, mais gordurosa.
1. Entintar a pedra, sem tirar cópia.
2. Deixar secar.
3. Pulverizar talco (com algodão) e aplicar uma capa fina de goma pura.
4. Deixar secar a goma, por cerca de 10 minutos.
5. Usar água-raz com algodão para remover a tinta de cor.
6. Aplicar asfalto.
7. Lavar com água.
8. Aplicar tinta preta e deixar secar.
9. Aplicar breu, talco e goma pura ou com ácido nítrico, conforme o desenho.

Fechamento da Pedra durante a impressão (BANHO SUJO)
(falta de água ou outra causa)

1. Rapidamente aplicar bastante goma pura.
2. Adicionar Varsol, água-raz ou similar à goma arábica.
3. Lavar com água.
4. Rolar pouca tintar preta
5. Secar.
6. Aplicar breu e talco, seguidos por uma solução forte de goma com ácido nítrico (15 gotas de ácido para 30 cc de goma).
7. Aplicar novas acidulações antes de voltar a imprimir.

Retoques
Reabrir a pedra e adicionar desenho
1. Estando a pedra entintada de preto e protegida com talco e goma (seca), lavar a área que se quer retocar (ou toda a pedra) e deixar secar.
2. Aplicar na área desejada uma solução de ácido acético (30% de ácido acético + 70% de água), ou simplesmente vinagre de cozinha sem diluir.
3. Deixar esta solução sobre a pedra por cerca de 45 segundos a 1 minuto.
4. Lavar a pedra com água corrente por 5 minutos.
5. Secar.
6. Desenhar
7. Aplicar breu, talco e goma pura ou com ácido.

Retirada do desenho
Para retirar áreas de impressão, a pedra deve estar entintada (com tinta preta) e seca, protegida com talco e goma. Raspe com estilete, gilete ou ponta seca. Imagens raspadas necessitam acidulações fortes (30 cc de goma para 15 gotas de ácido nítrico).

Técnica Litográfica – 3 – Processamento de pedras

Observação inicial: aconselha-se não acidular a pedra imediatamente após terminado o desenho, deixando que este repouse algumas horas ou de um dia para o outro.

Agentes básicos da acidulação: goma arábica e ácido nítrico. Ambos produzem uma reação química que permite a criação de dois tipos de área: a que aceita gordura (sabão de cal) e a que retém água (arabinato de cálcio).

1ª Etapa da Acidulação
a. Pulverizar breu (com algodão)
b. Pulverizar talco (com algodão)
c. Preparar uma solução de goma arábica com ácido nítrico. A quantidade depende da gordura do desenho (quanto mais gorduroso, mais ácido);
Acidulação fraca – 0 a 8 gotas de ácido p/ 30 cc de goma
Acidulação média – 8 a 15 gotas de ácido p/30 cc de goma
Acidulação forte – 15 ou mais gotas de ácido p/ 30 cc de goma


Observações:
• Para desenhos executados com leve aplicação de lápis, crayons duros e aguadas leves de tusche, usa-se goma pura.
• Para desenhos com áreas gordurosas e áreas pouco gordurosas, prepare diversas soluções que devem ser aplicadas por área, com pincel. Se apenas uma área pequena for suave, proteja-a com goma pura antes de aplicar a solução acidulada.
• Raspagens e correções aceitam soluções fortes de goma com ácido nítrico.

d. Aplicação de solução acidulada:
Deposite a solução na margem da pedra, espalhe com a mão por cerca de 2 minutos e estenda a goma com um pano de algodão (morim), limpo, seco e enrolado em forma de boneca, até deixar uma fina camada sobre a superfície.
Observação: para novo uso, o morim deve ser lavado apenas com água.
e. Nova aplicação da solução:
Depois de algumas horas, ou no dia seguinte, lavar a pedra, secar e aplicar nova goma com ácido.
Observação: se durante a lavagem, o material gorduroso sair da pedra (desenho), não se repete a aplicação de goma com ácido e sim se cobre a pedra com goma pura e passa-se imediatamente para o item 2 da 2ª etapa de acidulação.


2ª Etapa da Acidulação
1. Lavar a pedra.
2. Aplicar goma pura em camada fina. Deixar secar por 15 min.
3. Retirar o desenho usando Varsol, água-raz ou similar (com algodão)
4. Aplicar asfalto líquido com algodão em camada fina.
5. Aplicar água antes da completa secagem do asfalto e retirar o excesso de asfalto com algodão molhado (em água).
6. Mantendo a pedra úmida com esponja vegetal, entintar com tinta preta até a reconstituição dos valores tonais do desenho.
7. Se for conveniente tire algumas provas da pedra, até chegar à tonalidade original do desenho. Depois das provas (operação de “impressão”), entinte a pedra novamente.
8. Secar a pedra.
9. Pulverizar breu, talco e passar goma com ácido.
10. Repetir a operação (lavar, secar, acidular, por 5 vezes ou mais, conforme as necessidades do desenho, com intervalos mínimos de 3 horas entre uma e outra acidulação).

Técnica Litográfica – 2 – Desenho sobre a pedra

Cuidados iniciais:
a. Usando um lápis Conté Sanguínea, sem calcar, desenhe margens com cerca de 4 cm de largura e cubra-as com goma arábica. Não deixe respingar goma sobre a área do desenho.
b. Esboços e decalques podem ser feitos unicamente com lápis Conté Sanguínea, usado levemente.
Os materiais de desenho:
a. Lápis e crayons litográficos:
Os lápis litográficos são numerados do nº1 ao 5. O nº 1 é o mais e o nº 5 o mais duro. Os mais moles contém maior quantidade de óleos minerais, sendo, portanto, mais gordurosos, o que implica em maior densidade tonal para a cor, durante a impressão. Os crayons, também numerados ou simplesmente classificados como moles, médios e duros, tem as mesmas propriedades.
b. Tusche litográfico:
Pode ser encontrado em barras, pasta ou líquido. Usa-se diluí-lo com terebintina, fluído de isqueiro ou água destilada. Se o tusche for em barra, prepara-se esfregando a crosta com o dedo, até conseguir a tonalidade desejada.

Desenho negativo:
A goma arábica, ao dessensibilizar a superfície da pedra, serve para a execução de áreas ou linha em negativo.
Maneira negra:
Desenho tonal no qual as gradações são conseguidas pela aplicação de ácido nítrico diluído com goma ou água (auxiliado ou não por raspadores) sobre uma superfície gordurosa, constituída geralmente pela própria tinta de impressão.
Campo gorduroso (de tinta) para maneira negra:
Depois de isolar as margens e outras áreas desejadas com goma arábica, deixe a goma secar completamente e entinte diretamente a superfície granitada e seca da pedra, até produzir um chapado. Em seguida retire a tinta das superfícies cobertas com goma lavando a pedra e auxiliando a retirada com uma esponja comum. Depois de seca a pedra, processe-a normalmente.


Procedimento:
O início da raspagem e retirada de tinta com ácido está condicionado à secagem de tinta. Use um ácido forte: cerca de 1 a 3 gotas de ácido por cm3 de goma (ou água). A ação do ácido, que dura mais ou menos 2 a 3 minutos, deve ser interrompida, de acordo com as necessidades do desenho, coma uma esponja vegetal úmida de água. Auxilie a retirada da tinta raspando levemente a superfície antes de acidular.
Recomendações:
a. Usando crayons ou lápis, não sobreponha os duros aos moles, pois é inefetivo. Evite sobrepor tusche ao lápis ou crayons (ou vice-versa).
b. Os resíduos de material de desenho não devem ser assoprados da superfície da pedra, pois partículas de saliva podem afetar o desenho. Espana-se a pedra com pano limpo ou com escova suave.

Técnica Litográfica – 1 – Granitagem

Carborundum nº 60: (de 30 minutos a 1 hora) – retira a gordura da impressão anterior

Carborundum nº 80: (de 25 a 30 minutos) – permite desenhos muito granulados, com crayons ou lápis

Carborundum nº 120: (de 25 a 30 minutos) – permite trabalhos com gradação tonal mais contínua que o nº 80

Carborundum nº 150: (de 25 a 30 minutos) – permite maior definição de linhas e passagens e chapados mais densos

Carborundum nº 180: (de 25 a 30 minutos) – maior acentuação das características do nº 150

Carborundum nº 220: (de 25 a 30 minutos) – utilizável para aguadas de tusche, um pouco fino para o lápis

Grãos mais finos até a ponçagem (polimentos de pedras com pedra pomes): Linhas cada vez mais contínuas e chapados cada vez mais densos. Adequado para tusche e inadequado para lápis e crayons.


Deve-se observar durante a granitagem:
a. Quando trocar de grão, lavar cuidadosamente as duas pedras.
b. Excesso ou falta de água durante a granitagem produzem arranhões na superfície da pedra.
c. Nivele a pedra usando, para verificação do nível, uma régua de metal. O desnível pode causar a quebra da matriz durante a impressão ou diferenças entre as áreas impressas.
d. Chanfre as bordas de ambas as pedras com lima grossa, entre os grãos nº 80 e 120. Bordas em ângulo reto podem danificar o papel, quando este for maior do que a pedra, além de danificar os rolos de impressão.